sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quando mais de mil palavras dizem... Nada!

O encontro não era inesperado, pelo contrário, aguardado com certa ansiedade. O que dizer estava muito bem ensaiado, com as devidas palavras e respectivos silêncios. Foi antes que eu pudesse me dar conta que o momento fez-se inconstante, feito instante que nasce pra ser curto e não quer morrer. Tava ali, um pêndulo oscilando entre passado e futuro, varrendo o presente pra qualquer lugar onde, mais tarde, eu pudesse remoer cheia de remorsos. As palavras não ditas sempre me atormentam mais que as (mal)ditas.

Aquela taquicardia era inevitável, mas sob controle. Para o leve tremor, mãos no bolso. A respiração é que foi ficando pesada demais. Um turbilhão de pensamentos me tragando. Frases articuladas. Palavras de efeito. Citações literárias. Conversas que ouvi no metrô. Letras de músicas. Cenas de filmes clássicos, da novela, da propaganda do novo celular, que eu provavelmente nunca vou comprar. Todo o repertório de 25 anos, 9 meses, 8 dias, 10 horas e 48 minutos para que eu pudesse balbuciar um oi!

5 comentários:

Daniel Franco disse...

As não ditas sempre nos atormentam mais, pois são pensamentos que pressionam nosso encéfalo e através do receio engolimos sem digeri-las.

Anônimo disse...

Quem dera a escritora desse blog existisse no mundo real.

Gislene Trindade disse...

Sr. Anônimo, está pronto para as informações que seguirão? Pois acomode-se! A verdade é que no ‘mundo real' ela existe, sim, só que na terceira pessoa, sr. Anônimo. Acredite se quiser, ela perambula por ai edificando-se e desmoronando. Obra inacabada. Em todo caso, pode visita-la virtualmente quando quiser. Há sempre a possibilidade de ser atingido por algum escombro, mas se não se importar em correr o risco... Seja bem-vindo!

Anônimo disse...

huahauahauhaua

Eu adoro os seus textos e me divirto SEMPRE com os seus comentários!!!

É incrível como você consegue 'romantizar' qualquer situação... Não conseguiria reconhecer esta história se eu já não a conhecesse :)

Bjs

Daiane Brito

Anônimo disse...

E as palavras ensaiadas misturaram-se com as pensadas instantaneamente e os textos se anularam resumindo-se apenas em um intodução....

Adoro seus textos Gi!!!
Bjos