sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ela é de Sampa

Ela caminha confiante entre atos e atritos
Ela busca constantemente companhia e conflitos
Ela se deita no sofá com descompostura e faz viço
Ela é soberana entre teimosos e tristíssimos
Ela é inconsequente e vive de precipícios
Ela é inconveniente, sempre entra sem ser convidada
Ela só procura frio e um bucado de vinho
Ela quer portas abertas, mas anda sem chaves
Ela costuma chegar sorrateira pela soleira de olhares
Ela está em toda parte e em lugar algum
Ela não é de mim, nem de ti
Não é de Aracaju ou do Haiti
Há quem diga que é de Sampa
Ahh... solidão
Sei não, sei não!

4 comentários:

Daiane Brito disse...

Sexta-feira e aquele frioooo da solidão! Foda!!! rsrsrs

Adoreiiii... O texto, apenas rsrsrs

Cris disse...

Ela é de Sampa. Ela se chama...Gi!

Andréia Félix disse...

Em certos momentos, ela é de todos nós...

Anônimo disse...

Por um instante até quis ser ela..como ela...
Inconsequente, sem pertencer a ninguém mas sim a todos os lugares!
Sem raízes, mas com galhos tão altos que fazem com que as folhas possam seguir sem destino apenas acompanhando o caminho da brisa...