sábado, 26 de março de 2011

À deriva

Eu bem que podia ser bruma

Ser nada. Ser tudo. Ao mesmo tempo

Ser espuma

Celebraria minha felicidade silenciosamente

Daria cambalhotas no mar para abraçar o horizonte

Depois desapareceria timidamente em som de sorriso

De silêncio

Shiiiiiii...

Iria me desmanchar e refazer

Com toda beleza misteriosa do infinito

Ahh...

Quem me dera ser mar

Justo eu que só sei ficar à deriva

Queria mesmo era liquefazer meus pensamentos

Ver escorrer cada semi-ideia

Os sentimentos

Misturar tudo, enfim, no esquecimento

No presente que não foi

No passado outrem

Que futuro é esse?

Espera! Era meu(?)!


3 comentários:

Felipe Teles disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cris disse...

Ser, criar, transformar atitudes, pensamentos e sentimentos, liberdade pura parece só ser possível sendo um elemento da natureza. Mas, espera aí?! Também somos natureza, também fazemos parte do todo da criação. Se eles podem então também podemos!!!

Pega um balde que qualquer dia eu escorro por aí!

Daniel Franco disse...

O invisível ainda assim é notado por alguém, mesmo que seja em pensamentos.