- O primeiro tem que ser especial, afinal, é o começo de tudo!
A menina filosofava beirando a pieguice.
- Nada! O primeiro é só o primeiro, especial mesmo é o último.
O desconhecido redarguiu como quem dá a palavra final.
Diante da imposibilidade de resposta só guardei o diálogo. Pois bem, ilustre descohecio, o primeiro, que até então também é o último, dos meus desatinos.
Mas o que hei de fazer se sou toda sensações? Transbordo em palavras, me edifico e desmorono roubando aforismos em frases sem nexo. Até meus silêncios guardam a sonoridade do tanto que tenho a dizer e não sei como. Meus verbetes reverberam minha confusão: montando e desmontando, constantemente, como peças de lego. A verdade é que vivo aos pedaços tentando me juntar.
Eis que se deu o “Verborragia”: cantinho de despautérios que guarda a torrente de palavras que jorra dos meus pensamentos. Letrinhas que se ligam, transformam e tomam a forma de seres disformes, conforme a tresloucada que vos fala.
3 comentários:
É um imendo prazer ser o primeiro a comentar no seu blog. E bem, devo ressaltar que estou bem feliz em ver que finalmente tomou coragem pra divulgar o que você escreve...lembro uma vez, em uma conversa de bar que uma pessoa falou sobre a poesia de Vinicius e disse, nooossa, é o Vinicius...e o utro disse, já pensou se o Vinicius não quisesse publicar suas ideias...tadinha da humanidade.
Escrever.
Escrever me parece assim... um outro tipo de... Panaceia.
Mais de um mês depois, vim visitar o seu blog.
Mas só tem dois posts aqui. O que é isso? Vai continuar guardando os seus pensamentos só para você?
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